SD-WAN: Principais Casos de Uso

Conforme comentei no último artigo que escrevi (clique aqui para visualizar), SD-WAN é uma ferramenta muito importante no novo contexto de transformação digital, devido a uma crescente migração de workloads para cloud pública. É uma mudança importante na forma como os C-Levels fazem a gestão de redes, pois muitas adequações precisam ser feitas para garantir espaço nesse novo mundo de Cloud. Confira nesse artigo algumas dessas adaptações!

Existem diversos casos de uso que estamos ouvindo bastante no mercado. Alguns exemplos que serão discutidos por aqui:

  1. Descentralização da Internet (Internet Breakout) pelo aumento do uso de serviços em nuvem;
  2. Redução de custos de WAN: downgrande ou retirada do MPLS e instalação de links de menor SLA.
  3. Instalação de novas filiais de forma mais ágil;
  4. Acomodação de novos serviços: Adicionar novos links de menor custo (ex.: banda larga) para acomodar o novo tráfego.
  5. Aumento de disponibilidade da filial através de diversos meios de acesso.

Neste artigo iremos nos concentrar no primeiro caso de uso: descentralização da Internet, também chamado de acesso direto à Internet. Fique atento ao meu perfil para novos posts com discussões acerca dos demais .Se você tiver interesse em outros, comenta aqui nesse artigo.

Abaixo demonstro uma abordagem típica atual de arquitetura de empresas com várias filiais. Na imagem abaixo, você pode observar que o link MPLS é o único mecanismo de transporte disponível nas filiais. É por ele que o tráfego das filiais precisa percorrer, a fim de atingir os serviços hospedados na internet, como Office 365, por exemplo. Acho que muita gente que está lendo aqui já viu essa abordagem, certo?

E é aí onde entra o SD-WAN! Utilizando a abordagem, as filiais podem fazer a conexão diretamente com a Internet sem a necessidade de passar pelo Datacenter da Matriz. Em contrapartida a todas as garantias oferecidas por um link privado, SD-WAN oferece, por meio de inteligência de software, otimização de tráfego, flexibilidade na gestão e agilidade de implementação. Tudo isso com segurança levado muito a sério.

Abaixo, ilustro somente o tráfego da Filial 2 que agora passa a ter 2 links (MPLS e Banda Larga), onde o acesso a Cloud Pública passa diretamente pelo Link de Banda Larga (vermelho) e o tráfego de missão crítica passa pelo link MPLS.

Claro que esse não é a única abordagem possível em termos de políticas de rede. E o SD-WAN traz também essa vantagem da flexibilidade, fazendo com que essas regras possam ser definidas de forma dinâmica, simples e centralizada.

Um ponto que tenho comentado muito nas minhas conversas com as maiores empresas de TI do Brasil é importante o entendimento de quais são seus objetivos de negócios que serão habilitados pelo SD-WAN. Somente depois disso você deve escolher qual é a melhor abordagem para sua nova arquitetura de rede. Mas vamos falar de objetivos de negócio em outro artigo, beleza?

E aí? O que você acha? Tem algum exemplo real para compartilhar? Comenta aí! 🙂

PS: Esse artigo não tem o objetivo de ser técnico e complexo. Por isso, as imagens representam a arquitetura de forma mais simplificada. Se tiver interesse em discutir mais tecnicamente, estou à disposição. 🙂